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Diabetes Tipo 1 Pt. 3




Antes, eu queria falar para você que pede uma explicação para o seguinte fato: a diabetes tipo I acontece por falta de Insulina e diabetes tipo II por excesso de Insulina. Qual é a explicação?


O diagnóstico de diabetes tipo I na população é em torno de 5% à 10% dos diagnósticos de diabetes.


O que é diabetes tipo I ?


É uma doença que ocorre pelo distúrbio do metabolismo da glicose, após falência das células Beta do Pâncreas órgão que fabrica Insulina, hormônio que carrega a glicose do sangue para as células onde a glicose vai ser metabolizada.

Essa falência ocorre por uma doença autoimune. As células de defesa do corpo começam a destruir as células beta produtoras de Insulina, por não reconhecerem que essas células pertencem ao corpo. A velocidade de destruição dessas células é variável, pode ser lento em algumas pessoas e rápido em outras. A forma rapidamente progressiva ocorre mais em criança e adolescentes, porém pode ocorrer em adulto.


A forma lentamente progressiva ocorre mais em adultos e às vezes é referido como diabetes autoimune latente do adulto ( latent auto-immune diabetes in adults - LADA).


Alguns marcadores são utilizados para confirmar o processo imune nas células beta do pâncreas, o que leva o indivíduo à diabetes tipo I, onde a Insulina já não é presente.


Normalmente o diagnóstico é clínico. Antes que a hiperglicemia se manifeste, o organismo começa a utilizar a gordura acumulada no corpo para produção de energia, uma vez que a glicose da alimentação está acumulada no sangue por falta de insulina, pois as células produtoras de Insulina foram destruídas. Após toda gordura ser queimada, o corpo começa a usar a energia dos músculos, e muitas vezes é nesse momento que o paciente e a família percebe que há algo errado, pelo emagrecimento e dor muscular, e então o diagnóstico será confirmado com exames laboratoriais.


O tratamento nesse momento é Insulina para regular os níveis de glicose no sangue, e orientação alimentar. A Insulina é administrada de acordo com a glicose.


Aí vem novamente a observação, se a Insulina é para retirar a glicose do sangue, porque não ingerir o carboidrato certo, e na quantidade necessária, pois se não houver um equilíbrio na ingesta de carboidratos o nível de glicose será alto e a necessidade de Insulina também e aí ocorrerá como na diabetes tipo II, os receptores das células ficarão sobrecarregados e a Insulina não terá mas a sua função, ocorrerá a resistência à Insulina, mantendo assim a hiperglicemia, e uma diabetes descompensada. O paciente acredita que se ele aumentar a dose de insulina vai resolver, que a glicose vai normalizar, mas o que ocorre é uma flutuação ao longo do dia nos níveis de glicose, o que é extremamente prejudicial, pois os picos de hiper e hipoglicemia o que pode levar a urgência médica de consequências desagradáveis.


Diante de um resultado de exame mostrando níveis de glicemia e hemoglobina glicada aumentados, o médico após fazer a observação da necessidade de uma alimentação mais adequada, aumenta o dose de Insulina o que mais tarde vai gerar resistência à Insulina e o risco de complicações.

Voltando à responsabilidade do paciente, o quanto de carboidratos ele está ingerindo.


Peça orientação, saiba que a glicose só se forma à partir de ingesta de carboidrato, conforme já explicamos, e não fique refém de drogas com doses cada vez mais alta.As drogas podem retardar o aparecimento das complicações, mas não são isentas de efeitos colaterais. Não aconselho deixar de tomar a medicação indicada pelo seu médico, mas o grande responsável pela sua saúde é você. Reveja todos os fatores que contribuem para um o sucesso do tratamento :atividade física, alimentação saudável, sono de qualidade, horas de lazer, bons relacionamentos, inteligência emocional...

Marque hoje mesmo uma consulta. Me coloco à disposição para esclarecer.